Programa propõe a reeducação do pensamento em relação à alimentação com técnicas cognitivas para o tratamento de forma definitiva de transtornos como sobrepeso, obesidade e compulsão alimentar. Os encontros são semanais e acontece em grupos.
De acordo com a Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), em 2015 mais da metade da população estava acima do peso (52,5%) e destes, 17,9% são obesos, segundo o Ministério da Saúde. O levantamento apontou que o excesso de peso é maior entre homens: 56,5% contra 49,1% das mulheres. Pessoas com idade entre 45 e 64 anos representavam 38% dos obesos. Ainda em 2015, 17,9% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos estão em situação de obesidade.
O excesso de peso é fator de risco para doenças crônicas do coração, hipertensão, diabetes, responsáveis por 78% dos óbitos no Brasil, informa o Ministério da Saúde. Um estudo publicado recentemente na revista médica "The Lancet" afirma que estar acima do peso diminui cerca de um ano da expectativa de vida. Esse número sobe para cerca de 10 anos em casos de obesidade severa.
Com o objetivo de reeducar o pensamento e mudar a relação das pessoas com a comida, a nutricionista, Patrícia Ansaloni desenvolveu o programa Definitivamente Magro, baseado em um programa de emagrecimento definitivo de uma psicóloga dos Estados Unidos. Trata-se de uma terapia de reeducação cognitiva, que trata transtornos como sobrepeso, obesidade e compulsão alimentar, além de abordar as seguintes questões:
• Reconhecer os padrões comportamentais e pensamentos sabotadores de cada indivíduo;
• Identificar a relação entre pensamentos e comportamentos;
• Educar o cérebro a pensar como uma pessoa saudável e entender os benefícios de uma alimentação equilibrada e atividade física regular;
• Ensinar habilidades e estratégias de mudança de pensamento que irão auxiliara alcançar o objetivo de atingir o peso ideal e mantê-lo por toda a vida;
De acordo com a idealizadora, o programa é desenvolvido em grupos, com encontros semanais de aproximadamente uma hora de duração e pode ser feito, inclusive, em empresas. “Os participantes desenvolvem atividades diárias, monitoradas, relacionadas aos temas abordados nos encontros, que são ministrados pela nutricionista e em alguns deles, existe a participação da psicoterapeuta cognitiva para abordar temas específicos. O papel do facilitador é orientar o grupo não só nos encontros, mas ser um “coaching” fora dele, participando do dia a dia dos participantes” comentou Patrícia.
Etapas do tratamento
Durante as primeiras duas semanas, a nutricionista explica que são abordadas algumas técnicas comportamentais. “Nesse primeiro momento o participante conhece as vantagens de emagrecer, aprende a diferenciar e tolerar a fome, vontade e desejo incontrolável de comer, reconhece os sinais fisiológicos do organismo em relação à refeição, além de técnicas para diminuir ou até mesmo, driblar os pensamentos sabotadores. Após este período é que o participante inicia o seu plano alimentar escolhido”.
Já nas semanas subsequentes são utilizadas técnicas para ter sucesso com o plano alimentar e a relação com a alimentação e desafios diários. “Durante as reuniões são abordadas além das técnicas cognitivas, dicas sobre alimentação saudável aplicáveis a cada tema, troca de experiências, construção da autoimagem e autoconfiança, além de diariamente nas tarefas, serem enviados dicas, mensagens motivacionais e ilustrações do cotidiano alimentar e pensamentos sabotadores”, contou Ansaloni.
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