segunda-feira, 8 de agosto de 2016

8 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Especialista explica o que é e as diferenças entre os tipos de colesterol, além das causas, formas de tratamento e sua relação com a obesidade.


A próxima segunda-feira, 8 de agosto, é dedicada ao Dia Nacional de Combate ao Colesterol e nada mais apropriado do que lembrar a gravidade desse problema para a saúde. Sabe-se que 30% do colesterol é fornecido pelos alimentos que ingerimos e os outros 70% são fabricados pelo nosso próprio organismo, no fígado. O problema está em monitorar e controlar esses 30%. 

O médico endoscopista Bruno Sander, especialista em gastroenterologia e tratamentos para a obesidade, explica que o colesterol é um tipo de gordura encontrada naturalmente em nosso organismo e usado para produzir vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras. “Quando em excesso, ele pode se depositar nas paredes das artérias, que são os vasos que levam sangue para os órgãos e tecidos, determinando um processo conhecido com arteriosclerose. Se esse depósito ocorre nas artérias coronárias, pode gerar angina (dor no peito) e infarto do miocárdio. Mas, se depositado nas artérias cerebrais pode provocar um acidente vascular cerebral ou derrame”. 

Assim como o azeite e a água, o médico esclarece que o sangue e colesterol também não se misturam. Para circular pela corrente sanguínea o colesterol é carregado em pequenos pacotes chamado lipoproteínas, que são feitas de gordura e se dividem em dois tipos: LDL e HDL. “O primeiro é conhecido como o mau colesterol, já que altos níveis desse de colesterol LDL causam o acúmulo de placas nas artérias. Quanto maior for o nível dele no sangue, maiores serão as chances da pessoa ter uma doença cardíaca. Já o HDL é o bom colesterol e o carrega de outras partes do corpo de volta para o fígado, que o remove o colesterol do organismo. Quanto maior for o nível de HDL, menores serão as chances de desenvolver uma doença cardíaca”, disse Sander.

A importância do cuidado com a alimentação

Segundo o especialista, existe uma série de fatores que promovem a elevação do colesterol. Alguns são modificáveis, pois estão relacionados ao estilo de vida do indivíduo, como dietas e práticas de exercício, por exemplo. Já outros são hereditários e não podem ser modificados. 

De acordo com ele, só encontramos colesterol nos alimentos de origem animal, que são ricos em gorduras saturadas. Assim o colesterol está presente em todas as carnes e seus derivados, frutos do mar, gema de ovo, leite e seus derivados. “Também são ricos em gorduras saturadas os alimentos industrializados: bolos, biscoitos, chocolates, tortas, sorvetes e os alimentos vegetais: côco, banha de côco, azeite de dendê. As gorduras insaturadas ajudam a diminuir o colesterol sanguíneo, mas por serem muito calóricas e engordar devem ser consumidas com cuidado. Estão presentes nos óleos vegetais (oliva, canola, soja, milho, girassol), nozes, avelãs, abacate, margarinas. Alimentos de origem vegetal não contêm colesterol”, completou Bruno.

O gastroenterologista alerta ainda que o colesterol alto não apresenta sintomas. Por isso, quem tem aterosclerose e obesidade, possui história de morte na família por infarto, é sedentário e/ou alimenta-se com ingestão exagerada de gorduras saturadas tem mais chances de tê-lo. Além disso, a aterosclerose não produz qualquer tipo de sintoma até que ocorra a obstrução de uma ou mais artérias. “A relação obesidade e gorduras do sangue está também estabelecida, com uma prevalência de 4% na população normal e de 20 a 30% nos obesos. Uma indicação para tratar esse problema é o uso do balão intragástrico, que atua de forma indireta no controle do colesterol por auxiliar na perda de peso”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário