Especialista
garante que tratamento para a dor crônica deve ser multidisciplinar e que nem todos sabem que a terapia é um auxiliar poderoso
para o tratamento da dor.
A dor pode nos trazer grande
desconforto, mas ela é fundamental para o nosso organismo, já que nos alerta
sobre algo de errado que está acontecendo. Existem dores que duram alguns dias,
outras, como é o caso da dor crônica, chega a durar meses ou anos e muitas
pessoas passam a vida sem descobrirem uma forma de tratar esse problema.
A psicóloga Magna Rosane Cruz explica que a
dor crônica é em si uma doença
e pode trazer conseqüências
para a condição física, psicológica e comportamental. “Ela pode levar a
fadiga crônica, problemas de sono, ansiedade e depressão. Algumas pessoas
perdem empregos, se privam de brincar com os filhos, de passar tempo com amigos
e família, por causa de dores crônicas. Além disso, as dores afetarem também a
memória e o raciocínio”.
Segundo a especialista, o tratamento
para a dor crônica deve ser multidisciplinar. Ela garante que praticar
atividades físicas, ter uma boa alimentação e cuidar das emoções são fatores
essenciais para o tratamento. “Sem
aprender a lidar com estas emoções negativas, qualquer tratamento, por melhor
que seja, tem grande chance de falhar. Nem todos sabem que a terapia é um auxiliar poderoso para o tratamento
da dor. Pacientes quando encaminhados para o
acompanhamento psicológico, acreditam que o médico pensa que estão mentindo
sobre a dor ou que a dor não é real”.
O
uso da terapia cognitiva para o tratamento da dor crônica
E uma das técnicas de terapia que mais
oferecem resultados é a cognitiva. “Os terapeutas cognitivo-comportamentais trabalham em colaboração com o
paciente para obter os significados de experiências específicas e ajudá-los a
tornarem-se conscientes de suas crenças, pensamentos, processos e
comportamentos que podem ser considerados disfuncionais. Neste trabalho
colaborativo, terapeuta e paciente reúnem evidências que ajudem o paciente a gerar
alternativas de pensamentos e comportamentos mais úteis e adaptados”, explicou
Magna.
Ela ressalta que o tratamento acontece em sessões
semanais, com duração de 50 minutos para indivíduos e de 2 horas por semana
para grupos e ressalta que o tratamento cognitivo-comportamental fundamenta-se
três elementos básicos:
1) estudo do papel do comportamento e da cognição
na experiência dolorosa (psicoeducação) e ênfase no autocontrole da própria
dor;
2) treinamento de habilidades de enfrentamento da
dor;
3) aplicação e manutenção das estratégias
aprendidas.
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