No mês da mulher uma pesquisa mostra que o número de mulheres acima do peso é maior do que em relação aos homens e um especialista fala sobre as formas de tratamento disponíveis, hoje.
No mês da mulher um dado alarmante chama a atenção para a saúde feminina. Uma pesquisa recente do IBGE apontou que uma em cada quatro mulheres de 18 anos ou mais de idade era obesa em 2013. Isso significa que elas tinham índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30, obtido através da divisão do peso pelo quadrado da altura. A obesidade chegou a 32,2% nas mulheres com idade de 55 a 64 anos, contra 23% nos homens. Isso indica uma prevalência maior de excesso de peso no sexo feminino (58,2 %), que no sexo masculino (55,6%). Os dados anunciados pelo IBGE traduzem a urgência de se pensar políticas públicas adequadas à prevenção e tratamento do sobrepeso e obesidade, principalmente em relação às mulheres.
O médico endoscopista Bruno Sander, especialista em tratamentos para a obesidade, explica que pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25kg/m² já se enquadram em grupos de risco de obesidade. “É por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), que a obesidade e a pré-obesidade são avaliadas. O resultado é comparado a uma tabela que indica o grau de obesidade de cada paciente. Pacientes com IMC maior que 25kg/m² (sobrepeso) já apresentam risco aumentado para várias doenças, e pacientes com IMC maior que 40kg/m² (obesidade grau III) estão sujeitos a um risco ainda maior, principalmente para diabetes, doenças cardíacas e AVC”, explicou.
E as conseqüências do excesso de peso para a saúde são muitas. Veja as principais doenças ligadas à obesidade listadas pelo especialista:
- Hipertensão
- Diabetes
- Cardiopatias
- AVC
- Apnéia do sono
- Dores musculares
- Hipercolesterolemia
- Esteatose
Novos tratamentos
O médico conta que atualmente o país dispõe de procedimentos cirúrgicos e endoscópios que auxiliam o paciente na perda de peso. “Os procedimentos mais conhecidos são as cirurgias bariátricas, e a banda gástrica. Mas existem também procedimentos não cirúrgicos, realizados por endoscopia e que não necessitam de internação ou uso de anestesia geral. Dentre estes têm tido destaque o balão intragástrico e o plasma de argônio”.
Ele acrescenta que a busca por esses procedimentos, principalmente os métodos pouco invasivos (e reversíveis) para tratamento da obesidade têm sido buscados constantemente pelos pacientes e a medicina moderna. “Um bom exemplo de um procedimento simples, funcional e reversível é o balão intragástrico, que é aprovado há vários anos aqui no Brasil para uso em pacientes com sobrepeso e obesidade”, citou Sander.
O especialista afirma ainda que é possível atingir e manter o peso ideal a longo prazo, mas o segredo para isto não é o procedimento realizado, mas a mudança de comportamento do paciente, associando reeducação alimentar com práticas constantes de exercício físico.
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