Especialista explica que essa atitude faz parte do desenvolvimento da criança, mas se a criança apresentar esse comportamento em excesso é preciso que a família procure ajuda.
Quando se inicia a vida, a boca é a parte mais sensorial do ser humano e é através dela que manifestamos nossos desejos e emoções, descobrindo o mundo à nossa volta. É comum vivenciarmos situações em que a criança usa a mordida em adultos ou em outras crianças para chamar a atenção. Para a educadora Cleide Santos, coordenadora pedagógica do Canguru Escola para Infância, em Belo Horizonte, quando a mordida acontece no adulto ou no amigo (a) é sinal que a criança está se expressando. “É a forma que ela encontra para demonstrar afeto ou resposta a uma frustração, desconforto, curiosidade e até mesmo pela irritação do nascimento dos dentes. Geralmente a fase da oralidade está mais evidente entre um e três anos e morder é comum”.
Quando essa situação acontece na escola, a especialista explica que os pais precisam entender que a criança está passando por uma fase de desenvolvimento e que esse momento vai passar, assim como outras etapas do processo de desenvolvimento infantil. Mas, também não pode ser tratada com banalidade, deixando acontecer sem que se faça algo para ajudar a criança a vencer essa fase. “Não é fácil para os pais buscar o filho na escola e receber a notícia que ele foi mordido. Mas, a criança inserida na escola recebe toda orientação necessária e intervenções educacionais que ajudam a passar por essa etapa com mais tranquilidade”, completou Cleide.
Veja algumas dicas da pedagoga para ajudar a criança a passar por esse período:
- Quando acontecer a mordida, aponte à criança que essa atitude não é correta, ajudando-a a aprender limites;
- Mostre-a que sentiu dor e que se machucou;
- Não brinque com a criança como se fosse mordê-la. É comum adultos gostarem de morder as crianças sem os dentes como forma de carinho. Essa atitude confunde a criança e os pequenos podem entender como normal e reproduzi-la só que usando os dentes e a força que ainda não apresentam controle.
- Aponte alimentos para criança morder (biscoitos, frutas, etc.), justificando que mordemos comida e não pessoas;
- Não brigue com a criança, mas seja firme.
Hora de buscar ajuda
A pedagoga ressalta que se uma criança está apresentando esse comportamento em excesso é preciso que a família procure a ajuda de um especialista com o intuito de descobrir se há algo a mais por traz desse comportamento. Segundo Cleide, essa é uma fase que requer muita paciência e à medida que a criança vai aprendendo a se comunicar mais e melhor ela começa a trocar as mordidas pelas palavras.
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