Cerca de 2 milhões deste tipo de procedimento são feitos por ano no Brasil; saiba quem pode ou não fazer
Os implantes dentários são uma excelente opção para quem perdeu um ou mais dentes, mas como toda novidade, ainda gera dúvidas naqueles que têm indicação para o procedimento. No Brasil, a técnica está cada vez mais difundida: são realizados cerca de 2,2 milhões de implantes dentais por ano no país, segundo a ABIMO (Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar). Mas, será que qualquer pessoa pode fazer o procedimento? Para saber o que é verdade e o que não passa de um mito, a cirurgiã-dentista Ludimila Abi-Saber Toledo, especialista em periodontia e implantodontia, esclareceu algumas dúvidas.
De acordo com a dentista, o implante é indicado para quem teve ausência de um ou mais dentes e até para usuários de próteses totais (dentadura). Mas, contraindicado para pacientes que possuam alguma doença sistêmica que não esteja controlada como diabetes, hipertensão, asma e outras. Além disso, que tenham sofrido um AVE (antigamente era conhecido como AVC), um infarto do miocárdio em menos de 6 meses ou que estejam em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico.
Ao contrario do que muitos pensam a especialista garante que o tratamento com implante não dói. “O procedimento é simples, realizado com anestesia local, podendo associar com sedação consciente, onde o paciente dorme durante o procedimento. A dor pós-operatória é controlada com um mix de medicamentos muito bem indicados para cada indivíduo, de acordo com a extensão da cirurgia e do limiar de dor do paciente”, completou Ludimila.
Tempo de tratamento
Todo o tratamento é feito normalmente em duas sessões. Sendo que, a primeira etapa é a colocação do implante em si e a segunda consiste na colocação da prótese (o dente). “Tem implantes que têm um tempo de cicatrização menor (em até 21 dias), mas a maioria varia de 2 a 4 meses. Nesse caso, o tratamento leva em média entre 3 e 5 meses. Nos casos de implantes com cicatrização mais rápida esse tempo diminui consideravelmente, podendo ser realizado entre 31 a 52 dias”, disse a cirurgiã-dentista.
Mas, a especialista ressalta que em alguns casos é possível colocar o implante no mesmo dia da extração, chamado implante imediato, e a prótese provisória (dente), que é conhecida como carga imediata. “Em contrapartida, sua duração vai depender do implante a ser usado e do enxerto ósseo envolvido. Por isso, após o terceiro mês da extração do dente, é ideal que o paciente faça o implante, para que, assim, não perca osso e tecido gengival”, alertou.
Após o tratamento, ela orienta que a higienização seja feita com escovas dentais macias, fio dental e pasta de dente com pouca abrasividade. Além disso, poderá ser necessário o uso de escovas interdentais e/ou passa-fios em alguns casos. E é imprescindível as consultas para profilaxia e ajustes de 6 em 6 meses.
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