Doença é a terceira causa de morte vascular mais comum do mundo, atrás apenas do infarto e do Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Nem sempre a trombose provoca sintomas, mas normalmente costumam ocorrer inchaço e dor intensa na região afetada (em geral em uma das pernas), pele com vermelhidão ou palidez e aumento da temperatura no local. A angiologista Juliana Biagioni, especialista em cirurgia vascular, explica que a trombose é caracterizada pela formação de coágulos de sangue dentro do vaso sanguíneo. “O tipo mais comum da doença é a trombose venosa de membros inferiores. São vários os fatores de risco para o aparecimento da doença”.
Ela acrescenta que as algumas pessoas apresentam uma susceptibilidade genética aumentada para a coagulação sanguínea e por isso corre um risco maior de desenvolver trombose. Ainda segundo a médica, a incidência da doença é de aproximadamente um caso a cada mil pessoas. De acordo com especialistas, a frequência real pode ser de duas ou três vezes maior. Nos Estados Unidos, estima-se a ocorrência de 600 a 900 mil casos por ano.
A especialista cita algumas situações que aumentam o risco para o surgimento da doença, veja:
- Pessoas acamadas ou que necessitam ficar um período prolongado de repouso devido a doença ou cirurgia;
- Pessoas submetidas a cirurgias de médio e grande porte, principalmente cirurgias ortopédicas;
- Infecções graves;
- Gravidez e puerpério;
- Portadores de varizes de membros inferiores;
- Câncer;
- Tabagismo;
- Insuficiência cardíaca;
- História prévia de trombose venosa profunda ou de embolia pulmonar;
- Obesidade.
Além dessas causas, a angiologista afirma que existe uma ligação entre a doença e o uso de anticoncepcionais. “Vários estudos epidemiológicos demonstram uma associação entre o uso de contraceptivos orais combinados e o aumento de risco para trombose venosa e arterial”.
Prevenção e Tratamento
De acordo com a médica, as principais formas de prevenção são por meio da prática de atividade física, evitar o sedentarismo e o hábito de fumar, além de consultas médicas periódicas, avaliação do melhor método contraceptivo com o ginecologista e evitar permanecer muito tempo parado na mesma posição. ”Ao menor sinal ou sintoma, procurar atendimento médico o mais rápido possível”, ressaltou.
Para tratar a doença, Juliana explica que existe o tratamento clínico com repouso inicial e uso de meias compressivas, juntamente com a terapia farmacológica com o uso de anticoagulantes e, em alguns casos, a cirurgia. “Apenas o médico é habilitado para direcionar o paciente para a forma de tratamento correto em cada caso”, completou.
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