segunda-feira, 23 de abril de 2012

Energéticos no trabalho

Trocas inteligentes para o famoso cafezinho no trabalho

As pessoas estão acumulando cada vez mais funções e, por conseqüência, descansam menos. Para driblar o cansaço, tomar café o dia inteiro ou outro tipo de estimulante tornou-se um hábito. Entretanto, os profissionais da saúde alertam que o excesso dessas bebidas pode fazer muito mal à saúde.

A primeira coisa a ser discutida aqui é a diferença entre os estimulantes e os alimentos energéticos. Os energéticos são necessários para o corpo, pois são eles que nos dão força para andar, falar, trabalhar e assim por diante.

"Os principais nutrientes energéticos são os carboidratos, eles são nossa fonte primária de energia, tanto em nível de sistema nervoso quanto em nível muscular. Mas deve-se ter controle, porque abusar de carboidratos pode aumentar o peso", explica a nutricionista Dra. Myrla Merlo, da clínica Da Matta Fisio.

Os estimulantes, por outro lado, agem diretamente no sistema nervoso central e são utilizados com o objetivo de aliviar a dor, aumentar a sensação de bem-estar e dar mais disposição. "O principal representante dos estimulantes é a cafeína, encontrada no café, chá mate, preto e verde, chocolate, guaraná e refrigerantes à base de cola", conta a Dra. Myrla.

A nutricionista Dra. Maria Fernanda da Silva, do Hospital Odete Valadares, explica que em doses pequenas, chocolate, açúcar e café podem ser altamente energizantes. O que os tornar vilões é quando são consumidos em excesso. "Essas substâncias aceleram o funcionamento do cérebro, e com esta hiperexcitabilidade aumentam o estado de alerta, diminuem o sono e o apetite", alerta. "Apesar de aumentar a capacidade física para o trabalho e esportes diminui o desempenho do usuário nessas atividades. Muitos deles se relacionam com o fato de a pessoa ser incapaz de avaliar sua condição física e psicológica, quando está sob ação da droga", completa.

Em altas doses os estimulantes também podem causar elevação da pressão arterial e da frequência cardíaca, irritabilidade, ansiedade e dores de cabeça, além de uma dependência desta substância. "A ação inibidora desses alimentos sobre receptores do neurotransmissor adenosina causa a redução da frequência cardíaca, da pressão sanguínea e da temperatura corporal, que acontece quando somos acometidos pela sensação de cansaço e sono", explica a nutricionista Beatriz Pagnanelli.

Por outro lado, a profissional lembra que a cafeína exerce um efeito sobre a descarga das células nervosas e a liberação de alguns outros neurotransmissores e hormônios, tais como a epinefrirna (adrenalina), que preparam o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração e eleva a tensão arterial.

A Dra. Maria Fernanda conta que temos muitos alimentos que são ricos em energia, que podem ser consumidos de maneira saudável. "Prefira sempre carboidratos com fibras, pois têm um índice glicêmico mais baixo que os carboidratos refinados, como o açúcar, mantendo a glicemia sanguínea mais estável por um tempo maior."

Quando for necessário um auxílio para estimular o organismo, Dra. Maria Fernanda apresenta alternativas além do conhecido cafezinho. Ela conta, por exemplo, que as barras de cereais possuem carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais e ajudam a manter a energia.

"Bebidas isotônicas são ricas em sais minerais e carboidratos de rápida absorção, além de hidratar a refrescar o corpo, auxiliar na reposição dos sais minerais perdidos pelo suor e ainda fornecer energia extra. As frutas desidratadas também são uma forma prática e saborosa para proporcionar carboidratos, vitaminas e sais minerais ao organismo."

E lembre-se: para que seu organismo funcione sem complicações você deve ter uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos tem que estar na nossa rotina diária.


Fonte: Entrevista da nutricionista da clínica Da Matta Fisio, Myrla Merlo, para o site Vila Mulher, do Portal Terra.

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