Trocas inteligentes para o
famoso cafezinho no trabalho
As pessoas estão acumulando
cada vez mais funções e, por conseqüência, descansam menos. Para driblar o
cansaço, tomar café o dia inteiro ou outro tipo de estimulante
tornou-se um hábito. Entretanto, os profissionais da saúde alertam que o excesso
dessas bebidas pode fazer muito mal à saúde.
A primeira coisa a ser
discutida aqui é a diferença entre os estimulantes e os alimentos energéticos.
Os energéticos são necessários para o corpo, pois são eles que nos dão força
para andar, falar, trabalhar e assim por diante.
"Os principais nutrientes
energéticos são os carboidratos, eles são nossa fonte primária de energia, tanto
em nível de sistema nervoso quanto em nível muscular. Mas deve-se ter controle,
porque abusar de carboidratos pode aumentar o peso",
explica a nutricionista Dra. Myrla Merlo, da clínica Da Matta
Fisio.
Os estimulantes, por outro
lado, agem diretamente no sistema nervoso central e são utilizados com o
objetivo de aliviar a dor, aumentar a sensação de
bem-estar e dar mais disposição. "O principal representante dos estimulantes é a
cafeína, encontrada no café, chá mate, preto e verde, chocolate, guaraná e
refrigerantes à base de cola", conta a Dra. Myrla.
A nutricionista Dra. Maria
Fernanda da Silva, do Hospital Odete Valadares, explica que em doses pequenas,
chocolate, açúcar e café podem ser altamente energizantes. O que os tornar
vilões é quando são consumidos em excesso. "Essas substâncias aceleram o
funcionamento do cérebro, e com esta
hiperexcitabilidade aumentam o estado de alerta, diminuem o sono e o apetite",
alerta. "Apesar de aumentar a capacidade física para o trabalho e esportes
diminui o desempenho do usuário nessas atividades. Muitos deles se relacionam
com o fato de a pessoa ser incapaz de avaliar sua condição física e psicológica,
quando está sob ação da droga", completa.
Em altas doses os estimulantes
também podem causar elevação da pressão arterial e da frequência cardíaca,
irritabilidade, ansiedade e dores de cabeça, além de
uma dependência desta substância. "A ação inibidora desses alimentos sobre
receptores do neurotransmissor adenosina causa a redução da frequência cardíaca,
da pressão sanguínea e da temperatura corporal, que acontece quando somos
acometidos pela sensação de cansaço e sono", explica a nutricionista Beatriz
Pagnanelli.
Por outro lado, a profissional
lembra que a cafeína exerce um efeito sobre a descarga das células nervosas e a
liberação de alguns outros neurotransmissores e hormônios, tais como a epinefrirna
(adrenalina), que preparam o organismo para grandes esforços físicos, estimula o
coração e eleva a tensão arterial.
A Dra. Maria Fernanda conta
que temos muitos alimentos que são ricos em energia, que
podem ser consumidos de maneira saudável. "Prefira sempre carboidratos com
fibras, pois têm um índice glicêmico mais baixo que os carboidratos refinados,
como o açúcar, mantendo a glicemia sanguínea mais estável por um tempo maior."
Quando for necessário um
auxílio para estimular o organismo, Dra. Maria Fernanda apresenta alternativas
além do conhecido cafezinho. Ela conta, por exemplo, que as barras de cereais
possuem carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais e ajudam a manter a
energia.
"Bebidas isotônicas são ricas
em sais minerais e carboidratos de rápida absorção, além de hidratar a refrescar
o corpo, auxiliar na reposição dos sais minerais perdidos pelo suor e ainda
fornecer energia extra. As frutas desidratadas também são uma
forma prática e saborosa para proporcionar carboidratos, vitaminas e sais
minerais ao organismo."
E lembre-se: para que seu organismo funcione sem complicações você deve ter uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos tem que estar na nossa rotina diária.
Fonte:
Entrevista da nutricionista da clínica Da Matta Fisio, Myrla Merlo, para o site
Vila
Mulher, do Portal Terra.
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