Especialistas explicam
como lidar com as diferenças e as novas relações das sogras com noras e genros,
e que fazer para não sofrer demais com a ausência dos filhos, em um curso
inédito, em Belo Horizonte.
Nem sempre a relação com sogra é
harmônica. Culturalmente, é clara a
dificuldade de noras, genros e sogras de se relacionarem bem. Há aquelas que
não conseguem conviver sob o mesmo lugar, nem conversar. Muitas pessoas não
percebem a oportunidade de aprendizado nestas relações e acabam criando muros e
resistência que cristalizam com o passar do tempo.
Segundo a psicóloga Rosângela
Coimbra, isso acontece geralmente porque a sogra tem ciúmes da nora ou genro e
enxerga eles como rivais. “O ciúme e a raiva, talvez sejam os sentimentos mais
presentes, o que é natural para quem está se iniciando neste papel, mas há
processos que se desenvolvem muito pela admiração e encantamento. Quando
acontecem também disputa e relação de poder pode haver
perdas acentuadas para ambos os
lados”, disse.
Um dos desafios nesse momento é
conseguir criar uma proximidade nessas relações. De acordo com a especialista,
tudo vai depender das duas partes e como elas se relacionam. “Existem casos de
distância que não amenizam com os poucos encontros, não dando fluidez no
relacionamento. Já em outros casos, é possível manter uma convivência próxima,
no qual, possui respeito mútuo e a relação se torna prazerosa”.
Síndrome do “ninho vazio”
O certo é que,
os filhos acabam saindo de casa em determinado momento. Seja porque vão casar,
ou irão cursar a universidade em outra cidade, ou ainda por buscar
independência. Mas, o que deveria ser motivo de alegria pode se tornar
pesadelo. Pois, é a partir deste momento que surge a síndrome do ninho vazio.
A psicóloga
Sônia Eustáquia da Fonseca explica que a metáfora é muito clara, ‘ninho vazio’
é a casa sem os filhos. “É ver o quarto vazio, a casa sem o mesmo movimento, e
com isso vêm o sentimento de tristeza, o filme de suas vidas e o choro,
principalmente da mãe. Tudo isso é natural e sentido por todos, mas preocupante
se permanecerem na queixa e tristeza prolongados”.
Segundo a
psicóloga, se o casal ou um dos cônjuges não conseguir reestruturar sua vida,
na maioria das vezes é necessária ajuda de um profissional, principalmente se
desenvolver uma depressão ou outras doenças. “Os filhos também poderão ajudar
muito neste processo, se tiverem a sensibilidade de entender o sofrimento dos
pais e oferecem “o colo” que eles precisam e criar oportunidades de conversas
abertas sobre o assunto”, afirmou Sônia.
Encontro de sogras
Como você lidar com as
diferenças e as novas relações? É possível construir um novo olhar para genros
e noras? O que fazer para não sofrer demais com a ausência dos filhos? Gostaria
de conversar sobre isso? Essa é a proposta do “Encontro de Sogras”, um grupo
que tem como objetivo compartilhar experiências e refletir sobre esse papel importante
e delicado nas relações familiares, ampliando os olhares dos participantes com
histórias e novas formas de ver a vida. Ministrado pelas psicólogas Rosângela
Coimbra e Sônia Eustáquia da Fonseca, o curso é realizado em nove encontros.
Serviço:
Inscrições até o dia 4 de abril pelo: contato@soniaeustaquia.com.br ou (31) 98791-2691 / 99239-7987
Início: 5 de abril/2016
Horário: 19h30 às 21h30
Local: Rua Nova Era, 147 / Sala 201 – Sion/Mangabeiras – BH/MG
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