Dados divulgados pelo IBGE apontam que uma em cada
três crianças de cinco a nove anos está acima do peso. Segundo especialista, as duas
principais causas da obesidade infantil são a má alimentação e sedentarismo.
O sobrepeso e a obesidade vêm crescendo cada vez
mais no país, principalmente entre as crianças. Dados divulgados no ano
passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria
com o Ministério da Saúde apontam que uma em cada três crianças de cinco a
nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%.
Segundo o gastroenterologista Bruno
Sander, especialista em tratamentos para a obesidade e endoscopista, as duas principais causas da obesidade infantil são a
má alimentação e sedentarismo. “Com a facilidade de oferta de alimentos
prontos, com baixo valor nutricional e elevada quantidade calórica, as nossas
crianças têm tido acesso a uma alimentação cada vez menos saudável”.
A obesidade infantil pode ocasionar complicações em
curto e em longo prazo, além de aumentar o risco de uma série de outras
doenças, como:
- Colesterol alto
- Hipertensão
- Doença cardíaca precoce
- Diabetes tipo 2
- Distúrbios do sono
- Depressão
- Asma e outras doenças respiratórias
- Problemas de comportamento
Para avaliar se uma criança está obesa,
o médico orienta que não se deve usar apenas como referência o Índice de Massa
Corporal (IMC), mas também o gráfico de percentil, encontrado no cartão de
vacina da criança. “Dessa forma, as crianças que estiverem com o peso superior
à curva do gráfico deverão receber uma atenção maior”, disse.
A
hora de buscar ajuda médico para o tratamento
Após detectar o aumento de peso, o
especialista orienta que o primeiro passo é buscar ajuda médica. “O tratamento
da obesidade é complexo e multidisciplinar. Não existe nenhum tratamento
farmacológico que não envolva mudança de estilo de vida. Para as crianças e
adolescentes que estão acima do peso ou com obesidade leve, sem risco de
desenvolver outras doenças, pode ser recomendada apenas a manutenção do peso”.
Já para crianças com obesidade
instalada e risco de desenvolver outras doenças, o médico garante que a perda
de peso é fundamental. “O emagrecimento deve ser lento e constante, e os
métodos são os mesmos adotados para adultos, ou seja, comer uma dieta saudável
e praticar exercícios. Também é muito importante a mudança de hábitos e apoio
de toda a família, para servir como exemplo e incentivar a criança ou
adolescente nesse processo de mudança”, declarou Sander.
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