Os métodos pouco invasivos (e
reversíveis) para tratamento da obesidade têm sido buscados constantemente
pelos pacientes e a medicina moderna.
Uma pesquisa divulgada pelo
Ministério da Saúde no ano passado apontou que o índice de brasileiros acima do
peso segue em crescimento no país, mais da metade da população está nesta
categoria (52,5%) e destes, 17,9% são obesos, fatia que se manteve estável nos
últimos anos. Segundo o médico especialista em endoscopia digestiva,
Bruno Sander, os dois fatores que mais contribuem para esse
crescimento é a facilidade de acesso a alimentos calóricos vinculados a
inatividade física.
Essas características estão
presentes principalmente entre os jovens, já que a
grande maioria consome regularmente "fast foods", refrigerantes e se
exercitam cada vez menos, aumentando a incidência da obesidade e do sobrepeso
nessa idade. “É cada vez mais comum entre os adolescentes a substituição das
atividades de lazer que exigiam atividades físicas por outras ligadas a
aparatos tecnológicos que não necessitam de qualquer tipo de gasto calórico”,
alertou Sander.
De acordo com o
médico, pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25kg/m² já se
enquadram em grupos de risco. “É por meio do Índice de Massa Corporal (IMC),
que a obesidade e a pré-obesidade são avaliadas. O resultado é comparado a uma
tabela que indica o grau de obesidade de cada paciente. Pacientes com IMC maior
que 25kg/m² (sobrepeso) já apresentam risco aumentado para várias doenças, e
pacientes com IMC maior que 40kg/m² (obesidade grau III) estão sujeitos a um
risco ainda maior, principalmente para diabetes, doenças cardíacas e AVC”,
explicou.
E
as conseqüências do excesso de peso para a saúde são muitas. Veja as principais
doenças ligadas à obesidade listadas pelo especialista:
- Hipertensão
- Diabetes
- Cardiopatias
- AVC
- Apnéia do sono
- Dores musculares
- Hipercolesterolemia
- Esteatose
Técnicas
de tratamento
O
médico conta que atualmente o país dispõe de procedimentos cirúrgicos e
endoscópios que auxiliam o paciente na perda de peso. “Os procedimentos mais
conhecidos são as cirurgias bariátricas, e a banda gástrica. Mas existem também
procedimentos não cirúrgicos, realizados por endoscopia e que não necessitam de
internação ou uso de anestesia geral. Dentre estes têm tido destaque o balão
intragástrico e o plasma de argônio”.
Ele
acrescenta que a busca por esses procedimentos, principalmente os métodos pouco
invasivos (e reversíveis) para tratamento da obesidade têm sido buscados
constantemente pelos pacientes e a medicina moderna. “Um bom exemplo de um
procedimento simples, funcional e reversível é o balão intragástrico, que é
aprovado há vários anos aqui no Brasil para uso em pacientes com sobrepeso e
obesidade”, citou Sander.
“É importante destacar que é fundamental que o paciente sempre verifique
se o médico que oferece determinado procedimento tem o título de especialista
naquela área. Por exemplo, o médico capacitado para o procedimento de balão
intragástrico é o endoscopista e não o cirurgião, como muitos acreditam. O
Cirurgião está apto a realizar cirurgias, enquanto o endoscopista está apto a
realizar procedimentos endoscópicos, que é o caso do balão intragástrico”,
alertou o médico.
O especialista
afirma ainda que é possível atingir e manter o peso ideal a longo prazo, mas o
segredo para isto não é o procedimento realizado, mas a mudança de
comportamento do paciente, associando reeducação alimentar com práticas constantes
de exercício físico.
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