Saiba
qual a diferença entre as duas e os malefícios que uma alimentação exagerada
por causar para o corpo e a saúde
A obesidade, doença que já atinge
quase metade da população brasileira, segundo o Ministério da Saúde, tem
diversas causas. A relação entre a fome verdadeira e a simples vontade de comer
é um desses fatores. Isso porque devido à crescente incidência de males
como ansiedade, estresse e depressão, muitos estão descontando todas as
frustrações e problemas diários na comida e, conseqüentemente, ingerindo uma
quantidade de alimentos bem maior do que organismo precisa para viver.
A
fome é um dos instintos mais primitivos que existe, mas muitas pessoas acabam
confundindo e não sabem diferenciá-la do desejo de comer. O médico
gastroenterologista Bruno Sander, explica que a fome é definida como à sensação
fisiológica que o corpo percebe quando necessita de alimento para manter suas
atividades inerentes à vida. Além disso, ele acrescenta que a fome pode ser caracterizada
por dois tipos: a fome física e a emocional. “A fome física é a necessidade
fisiológica do nosso corpo em ingerir energia, já a fome emocional é um
sentimento (desejo) por ingerirmos determinados tipos de alimentos, sem que
necessariamente estejamos precisando”.
Ainda
de acordo com especialista, a vontade de comer pode surgir principalmente por
fatores emocionais relacionados a momentos de estresse, ansiedade, tristeza ou
simplesmente pelas circunstâncias, como presença de alimento por perto ou uma
oferta feita por alguém.
Por
isso, não conseguir controlar a fome pode trazer malefícios. “Muitas pessoas
comem mesmo sem fome por conta de determinadas emoções. Sinais como ganho de
peso e o conhecido "efeito sanfona" são as principais consequências
desta prática. Sensações como tristeza, raiva ou culpa não melhoram depois que
comemos. Ao contrário, depois de comer demais para compensar estes sentimentos,
vem a frustração e a sensação de fracasso", alertou Bruno.
Culpa
A vontade de comer que ultrapassa o limite aceitável e leva à
obesidade é uma armadilha da qual é difícil sair. Ela gera um círculo vicioso
de culpa e baixa auto-estima que pode fazer a pessoa se afundar cada vez mais
no mar de alimentos. Isso tudo sem contar o risco de doenças cardiovasculares,
diabetes, pressão alta e colesterol que a obesidade acarreta. Para quebrar o
círculo vicioso da comida, o médico garante que o tratamento ideal envolve uma
equipe multidisciplinar que inclui médico, nutricionista e terapeuta. Tudo
isso, claro, sem dispensar a atividade física.
Ele
completa que é fundamental entendermos que, na maioria das vezes, o nosso corpo
não precisa de tantas calorias quanto ingerimos. “Em média, o nosso metabolismo
basal (quantidade mínima de energia e calorias necessárias para manter as
funções vitais do organismo em repouso) é de cerca de 1,5mil a 2,5mil calorias
por dia”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário