quarta-feira, 8 de abril de 2015

Obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer

8 de abril é dedicado ao Dia Mundial de Combate ao Câncer e um especialista explica a relação entre a obesidade e o câncer


O Câncer e obesidade são duas das principais epidemias globais da atualidade, sendo o sobrepeso o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, perdendo apenas para o tabagismo. Além disso, a mortalidade do câncer é maior na população obesa. Por isso, é necessário conscientizar sobre a responsabilidade de cada um na prevenção do câncer, através do controle do sobrepeso e de outros fatores de risco. A prevenção e a detecção precoce podem reduzir a mortalidade de câncer em até 50%.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos casos de ocorrência de câncer estão relacionados à obesidade. Para o médico Bruno Sander, especialista em tratamentos para a obesidade, muitos desses casos poderiam ter sido evitados com um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação equilibrada e prática de atividades físicas. “A obesidade é um doença, por isso uma pessoa um IMC (índice de massa corporal) maior que 25, precisa buscar ajuda médica”.

O especialista afirma que a má alimentação e hábitos sedentários associados à falta de prática de atividade física são as principais causas para o aumento do número de pessoas obesas. “A maior dificuldade é convencer o paciente a abrir mão das facilidades e comodidades que a vida moderna oferece no que diz respeito à alimentação e deslocamento. É difícil para a grande maioria preparar uma refeição saudável em casa, já que encontram tudo pronto, industrializado e congelado. Da mesma forma em optar por subir as escadas do prédio, já que pode pegar o elevador”.

Tratamentos
Bruno lembra que toda e qualquer dieta deve ser equilibrada, oferecendo os nutrientes e vitaminas necessários para a saúde e alerta para o perigo das dietas milagrosas. “A maior parte dessas dietas radicais deixam de lado nutrientes importantes para o nosso corpo o que acaba prejudicando a saúde a médio e longo prazo. Além disso, na maioria das vezes, a sua manutenção é difícil e o paciente tende a ganhar novamente o peso perdido tão rápido quanto o perdeu”.

Mas, para aqueles que não obtiveram êxito com a dieta associada à atividade física, o médico indica outros tratamentos. “Quem tem o Índice de Massa Corporal (IMC), acima de 27 pode recorrer ao uso de um balão intragástrico para potencializar a perda de peso, por ser um método endoscópico e pouco invasivo, mas que deve ser realizado sempre por um médico endoscopista. Já nos casos extremos e de obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica é indicada”, disse Sander.

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