Especialista esclarece todas
as dúvidas sobre o procedimento e fala dos seus
benefícios
A colocação de um balão de
silicone no estômago, para ajudar no emagrecimento, ainda é uma técnica pouco
conhecida. Porém, de acordo com especialistas, pode ser uma boa alternativa para
quem não teve sucesso com dietas, atividade física e
remédios.
Quem está acima do peso e
deseja emagrecer, com certeza já tentou inúmeras maneiras visando obter sucesso,
desde dietas das mais diversas e mirabolantes, como inscrições na academia
várias vezes, sem esquecer, claro, os remédios e as fórmulas milagrosas que, no
entanto, só trouxeram desencanto e quilos extras. Qualquer novidade na área soa
como a salvação para mandar o excesso de peso para a lata do lixo. A notícia
ruim é que, infelizmente, na realidade não é bem assim que as coisas acontecem.
De acordo com o Dr. Bruno
Sander, Cirurgião Geral e especialista em Gastroenterologia clínica e
endoscopia, geralmente quem está acima do peso até consegue eliminar o excesso
em algum momento. O problema é que o que se perde em volume volta com muita
facilidade. "Estudos já publicados mostram que 90% dos pacientes, que foram
acompanhados com dieta, exercícios e remédios, recuperaram 100% da gordura
perdida já no primeiro ano após o emagrecimento", adverte.
É na contramão dessa triste
realidade que chegou ao Brasil, em 2000, a técnica do Balão Intragástrico. "A
nossa intenção é facilitar o emagrecimento de quem já tentou tudo para combater
o sobrepeso e não conseguiu. Ele ocupa até 60% do volume do estômago, o que
reduz bastante a vontade de comer", afirma o
especialista.
Embora o procedimento responda
por apenas 4 mil das 30 mil cirurgias bariátricas realizadas anualmente no
Brasil, em média, ele é indicado para uma boa parcela da população, cerca de
30%, considerada com sobrepeso. “Outra vantagem do balão é criar condições que
facilitem o emagrecimento para quem, por exemplo, precisa perder alguns quilos
antes de se submeter a uma cirurgia bariátrica", explica o
médico.
"Temos acompanhado pacientes que fizeram o procedimento
há cinco anos e chegamos à conclusão de que, um ano depois de retirar o balão,
eles recuperam no máximo 12% dos quilos eliminados. Isso pode ser minimizado se
o paciente tiver um acompanhamento médico, nutricional e psicológico", afirma
Sander.
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