Sabia que é possível trocar o remédio pela reeducação mental, por meio da chamada terapia cognitiva?
A quantidade de pessoas ansiosas aumentou vertiginosamente nos últimos anos, e isso se reflete no consumo de medicamentos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, somente em 2010, remédios à base de clonazepam venderam 10 milhões de unidades. Muitos chegam a afirmar que vivemos na "Era da Ansiedade", e que esse problema seria o "mal do século". Apesar de todas as facilidades tecnológicas que a sociedade atual nos oferece, as relações interpessoais passaram a ser menos estáveis e previsíveis.
Uma opção para quem quer fugir dos medicamentos é a terapia cognitiva, que nada mais é do que uma forma de psicoterapia baseada no modelo cognitivo para tratar os transtornos de ansiedade. Ou seja, trabalha os pensamentos que geram emoções e influenciam nossos comportamentos nas diversas situações que vivemos no dia a dia. A psicóloga Thaís Moraes, do Núcleo Persona, explica que a técnica envolve um conjunto de métodos e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudar os padrões de pensamentos disfuncionais – aqueles associados ao sofrimento e prejuízos. "Quase sempre erros de pensamentos estão por trás do sofrimento humano. A cognição desempenha um importante papel na nossa vida, pois são as interpretações e pensamentos que fazemos que vão determinar nossas respostas emocionais e comportamentais", diz a especialista.
De acordo com a psicóloga, o ponto central para a experiência de ansiedade não é uma determinada situação, mas o pensamento de ameaça ou perigo. "Nem todos sentem ansiedade ao pegar um avião. Mas, indivíduos que pensam que andar de avião é perigoso, com certeza experimentarão esse sentimento. A emoção decorre de um pensamento de ameaça ou perigo a situações que outros poderiam processar como neutros. Desta forma, através das técnicas cognitivas e comportamentais o paciente aprende sobre os processos mentais relevantes na construção de pensamentos e reeduca sua mente, desenvolvendo formas de pensar mais saudáveis", explica.
Como mostra Thaís Moraes, a ansiedade pode ser vista, ao memso tempo, como algo normal, saudável ou como um transtorno clínico, passível de intervenções. "Ela é normal até o momento em que nos ajuda, ou seja, o próprio medo diante de situações claras e evidentes de ameaça ou perigo nos protege. Mas passa a ser patológico quando considerada como uma resposta inadequada a um determinado estímulo ou expectativa de perigo, sem que uma ameaça real seja identificada. Além disso, é preciso considerar o nível de sofrimento e prejuízos na vida de um modo geral".
Ela alerta que vários são os prejuízos dos transtornos de ansiedade na vida de uma pessoa. "A ansiedade afeta a qualidade de vida, pode desencadear uma depressão, desequilibrar a saúde física e prejudicar as relações interpessoais. Por isso, buscar a ajuda de um especialista é fundamental".
FONTE: Sites.uai.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário