quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pais não devem passar angústias e medos aos filhos em mudanças na vida escolar


A dica é se preparar com antecedência para encarar novas fases

Ir para a escola era uma diversão, mas chegou a hora de lidar com atividades avaliativas. Há quem esteja pensando em como administrar um número maior de disciplinas e escolher a profissão. Outros contam os dias para iniciar o curso superior. Para muitos estudantes, o ano que começou será de mudanças na vida escolar. Dá um frio na barriga pensar em novas responsabilidades, mas não há motivo para desespero. A dica é se preparar com antecedência para encarar a nova fase.

Aos 6 anos, as crianças precisam se acostumar com uma nova rotina na escola. Passar do ensino infantil para o fundamental significa aprender a estudar. “Por mais que tivesse para casa, o aluno fazia rápido e depois voltava a brincar. Agora, ele precisa de amadurecimento para reservar tempo para o estudo e para a brincadeira, uma vez que as exigências vão aumentar”, destaca a psicóloga do Colégio Conviver Fernanda Seabra. De modo geral, as crianças deixam transparecer dúvidas e inseguranças em relação aos estudos e ao pensar nos professores e amigos que vão encontrar em sala de aula.

“Estou com um pouco de medo”, confessa Maria Luísa Ribeiro de Paula, de 6 anos, que em fevereiro vai passar para o primeiro ano. Em conversa com a mãe, a menina descobriu que as atividades vão ser substituídas por provas em cinco disciplinas. Ela ainda nem sabe explicar o que é a avaliação, mas está certa de que vai ser muito mais difícil. “Tinha para casa só três dias. Este ano vai ser todo dia e meus pais vão ter que me ajudar”, adianta. Ao mesmo tempo em que demonstra preocupação, Maria Luísa espera ansiosa o início das aulas, pois está feliz em saber que este ano vai aprender a ler e escrever.

É normal que os pais fiquem ansiosos com a nova rotina de estudos e provas, mas a psicóloga do Colégio Conviver pede para que eles tenham cuidado de não passar angústias e medos aos filhos. Isso gera na criança uma preocupação desnecessária. “Vamos falar do que é positivo e vai acrescentar na vida da criança. Não falar em tomar bomba, mas do que tem de bom em passar de ano, como novos colegas, brincadeiras, habilidades e conhecimento”, orienta. Fernanda também lembra que a família deve ajudar o estudante a organizar a nova rotina e entender que ele agora tem um compromisso com a escola, estando sempre ao lado para apoiá-lo. Estudar deve ser um momento prazeroso, e não obrigação.

Fonte: Entrevista da psicóloga Fernanda Seabra e aluna Maria Luísa Ribeiro de Paula, do Colégio Conviver para o Jornal Estado de Minas.

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