terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Não deixe as contas de início de ano atrapalhar o seu relacionamento

Saiba como resolver os conflitos gerados pelas finanças



No inicio de ano contas como IPVA, IPTU, material escolar, entre outros, sempre são uma preocupação a mais, principalmente quando não há planejamento e isso pode gerar instabilidade na relação do casal. “A falta de dinheiro pode ser provocada pelo mau planejamento ou por causa de alguma perda de emprego ou investimentos. Entretanto, de acordo com os nossos costumes e nossa má educação financeira, todo início de ano passamos por apertos financeiros e consequentes ansiedades. Tudo isso, provoca sintomas físicos e psíquicos, além de poder interferir diretamente no convívio entre marido e mulher, incluindo o relacionamento sexual”, explica à psicóloga e sexóloga, Sônia Eustáquia.

De acordo com a sexóloga, podemos perceber que as questões financeiras estão interferindo na relação do casal quando as discussões saem do campo de um diálogo ameno e passa a ser um campo de batalha, em que um desqualifica o outro e “implica” o tempo todo. Segundo algumas pesquisas, o dinheiro é a principal causa de conflitos entre casais. “O que se percebe é que as finanças ainda são um tabu em muitos lares”.

Homens e mulheres: quem gasta mais?

Mulheres e homens lidam de forma diferente quando o assunto é dinheiro. Para Sônia, pode ser bem popular a ideia de que as mulheres são melhores investidoras, uma vez que elas são mais disciplinadas, se expõem a menos riscos e possuem maior visão em longo prazo. Contudo, elas também se endividam mais do que os homens, pois gastam mais dinheiro em várias coisas de pequeno valor, enquanto eles preferem investir uma grande quantia em um único bem. Durante séculos, o homem atuou como o provedor. Hoje, ambos trabalham, mas a mulher está mais acostumada a lidar com as despesas do dia a dia. Por isso, geralmente são elas quem melhor administram a renda da família.

Cada vez mais percebemos que o casamento é um verdadeiro campo de negociação, onde os dois lados precisam ceder e, essa questão raramente passa pela reflexão do casal. “A estrutura antiga do casamento está cada vez mais rara. Não existem mais tradições ou uma figura como o chefe do casal. Na relação é preciso que tudo seja negociado”, disse a especialista.


Por isso, para que o casal consiga lidar com as finanças, a psicóloga garante que é preciso que eles trabalhem em conjunto e buscando sempre a melhor opção. “Além de colocar ganhos e gastos no papel ou planilha, e estabelecerem metas para que ambos cumpram, mesmo que a contribuição de um seja menor do que a do outro. E, sobretudo, saibam administrar bem a renda como casal, exatamente como outros aspectos da relação exigem diálogo, paciência e respeito mútuo. Mas, com um bom planejamento financeiro”, garantiu Sônia. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Cuidados com o ganho de peso das crianças nas férias

Dados divulgados pelo IBGE apontam que uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso. Segundo especialista, as duas principais causas da obesidade infantil são a má alimentação e sedentarismo.


Período de férias escolares e hora de relaxar. Mas, muitos pais acabam se descuidando também da alimentação das crianças e adolescentes, que ficam sujeitos ao ganho de peso. O sobrepeso e a obesidade vêm crescendo cada vez mais no país, principalmente entre as crianças.Dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde apontam que uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%. 

Segundo o gastroenterologista Bruno Sander, especialista em tratamentos para a obesidade e endoscopista, as duas principais causas da obesidade infantil são a má alimentação e sedentarismo.“Com a facilidade de oferta de alimentos prontos, com baixo valor nutricional e elevada quantidade calórica, as nossas crianças têm tido acesso a uma alimentação cada vez menos saudável”.

A obesidade infantil pode ocasionar complicações em curto e em longo prazo, além de aumentar o risco de uma série de outras doenças, como:

Colesterol alto
Hipertensão
Doença cardíaca precoce
Diabetes tipo 2
Distúrbios do sono
Depressão
Asma e outras doenças respiratórias
Problemas de comportamento

Para avaliar se uma criança está obesa, o médico orienta que não se deve usar apenas como referência o Índice de Massa Corporal (IMC), mas também o gráfico de percentil, encontrado no cartão de vacina da criança. “Dessa forma, as crianças que estiverem com o peso superior à curva do gráfico deverão receber uma atenção maior”, disse. 

A hora de buscar ajuda médico para o tratamento

Após detectar o aumento de peso, o especialista orienta que o primeiro passo é buscar ajuda médica. “O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. Não existe nenhum tratamento farmacológico que não envolva mudança de estilo de vida. Para as crianças e adolescentes que estão acima do peso ou com obesidade leve, sem risco de desenvolver outras doenças, pode ser recomendada apenas a manutenção do peso”. 

Já para crianças com obesidade instalada e risco de desenvolver outras doenças, o médico garante que a perda de peso é fundamental. “O emagrecimento deve ser lento e constante, e os métodos são os mesmos adotados para adultos, ou seja, comer uma dieta saudável e praticar exercícios. Também é muito importante a mudança de hábitos e apoio de toda a família, para servir como exemplo e incentivar a criança ou adolescente nesse processo de mudança”, declarou Sander. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

“Ano novo, vida nova!”

Especialista dá dicas sobre como avaliar o que se passou e planejar mudanças para 2017.


O dito, que já virou popular, “ano novo, vida nova” revela que mesmo em tempos de crise econômica e tantos problemas de ordem pública, o início de um novo ano leva as pessoas a refletirem dentro de um contexto pessoal e estabelecerem metas para ser diferente. Em geral, a maioria das pessoas pensa positivamente e desejam melhorias na política, mais saúde, viver um amor, ganhar mais dinheiro e por aí vai. O que ninguém quer é repetir as dificuldades vividas no ano passado.

Mas, Sônia Eustáquia Fonseca, psicóloga e sexóloga explica que para não ter mais um ano frustrado por não conseguir alcançar os objetivos traçados, o ideal é fazer um planejamento otimista e possível, dentro de cada realidade.Segundo Sônia, se cobrar pelo não acontecido, pode trazer sérias consequências para a vida prática e emocional das pessoas. “Se construirmos a cada ano um “megaprojeto” no qual a idealização e a fantasia se destacam das reais condições de realizá-lo, podemos nos deparar com uma soma de decepções e sensações de fracassos”.

De acordo com a especialista, os exemplos mais comuns de mudanças que as pessoas desejam conscientemente envolvem parar de fumar e/ou beber, melhorar os hábitos alimentares, fazer atividade física, estudar mais, mudar profissionalmente e melhorar os relacionamentos afetivos. “De uma coisa podemos ter certeza: está dentro de nós a capacidade de superação e dar a volta por cima após experiências negativas. Por isso não precisamos ter medo do novo ou de ousar. Mesmo quando não dá certo podemos tirar lições de aprendizado dos erros cometidos e das adversidades”, afirmou.

Para a psicóloga, saber lidar com o fracasso em alguns momentos pode ser o grande “X” da questão. “A maneira que cada pessoa lida com a dor nas dificuldades varia muito. Há aqueles que facilmente se responsabilizam pelos fatos, esses conseguem melhor encontrar a solução e assim superar. Outras colocam a responsabilidade do problema em fatores externos e aparentemente fora de controle, essas sucumbem e passam a desacreditar em si mesmas. Tudo vai depender do fator autoestima e da capacidade de discernimento. Mesmo quando fracassam, as pessoas que têm essas qualidades se equilibram e continuam acreditando em si mesmas”, explica.

Dicas para planejar 2017 melhor:

- Reveja o que você quer mudar no corpo físico, emocional e nas relações interpessoais. Com base nessa autoavaliação, estabeleça metas de curto, médio e longo prazo. 
- Tente compreender o que você precisa fazer, ser e viver para ser uma pessoa melhor, principalmente em ações. Essa boa disposição, mesmo que intelectual, sem dúvida pode auxiliar nessa reflexão para mudanças e planos de final de ano.
- Seja uma pessoa de bem consigo mesma e ajude quem estiver próximo a você para ser também. Não se trata de dar lições de moral, mas de ajudar cada um a encontrar seus próprios potenciais internos e a fazer o melhor deles em favor de si mesmo.
- “Não existe um bem em si mesmo; ele é construído e conquistado”, conclui.